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Petrobrás anunciou nesta quinta-feira reajustes no preço do gás de cozinha
(o gás liquefeito de petróleo, ou GLP) de uso industrial, informou o Sindicato
Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás (Sindigas). Segundo a entidade, a
partir desta sexta-feira, os preços poderão ficar de 2,5% a 5%, conforme
comunicado enviado pela estatal às empresas distribuidoras.
O
reajuste vale para embalagens de 45 quilos ou mais, ou seja, não afeta o preço
do botijão de 13 quilos, destinado ao uso residencial. Também por isso, o
aumento não terá impacto direto na inflação ao consumidor - o IPCA, índice
oficial calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
leva em conta para o cálculo o botijão de 13 kg.
Pode
haver impactos indiretos na inflação por causa do encarecimento do insumo para
as empresas. “O Sindigás esclarece que os preços são livres em todos os elos da
cadeia e que o mercado tem autonomia para fixá-los. Portanto, o Sindigás
orienta o consumidor a pesquisar o preço final. Em caso de dúvidas, as
distribuidoras dispõem de telefones 0800, por meio dos quais orientam seus
consumidores”, diz uma nota divulgada ontem pelo sindicato.
Em
busca de reforçar seu caixa para vencer as dificuldades financeiras provocadas
pelo excesso de dívidas, a Petrobrás já havia anunciado um reajuste no gás de
cozinha industrial em setembro. Na ocasião, a estatal informara que o aumento
seria de 5% para o consumidor final, mas o Sindigás calculava encarecimento de
até 10%.
O Estadão
