BRASÍLIA - De janeiro a março deste ano, surgiram no país 5l6.201
empresas, o que representa 7,5% acima do registrado em igual período de 2015,
quando foram criadas 480.364 novos empreendimentos. Esse é o maior número de
empresas já registrado no primeiro trimestre, desde 2010, quando teve início a
pesquisa em torno do Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. O
recorde anterior foi registrado no mesmo período do ano passado.
Os economistas da Serasa Experian afirmaram, no entanto, que esse aumento
não significa uma retomada do crescimento econômico e, sim, um meio que pessoas
desempregadas buscam para gerar uma renda. “O aumento de novas empresas no
primeiro trimestre foi puxado pelo surgimento de microempreendedores
individuais. Este movimento tem sido determinado, principalmente, pela perda de
postos formais no mercado de trabalho, por causa da recessão econômica,
impulsionando trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma e
formalizada, alternativas econômicas para a geração de renda”, diz nota da
Serasa.
O número de microempreendedores individuais (MEIs) apresentou expansão
de 14% com a formalização de 413.555 novos negócios. No mesmo período, houve
queda de 13,8% na abertura de empresas individuais, com um total de 38.553
companhias criadas ante 44.718 no mesmo trimestre do ano passado.Também houve
redução de 16,7% no caso das Sociedades Limitadas, com um total de 39.994 ante
48.012. Já o surgimento de empresas de outras naturezas teve queda de 2,9%,
atingindo um total de 24.099.
Mais da metade dos novos empreendedores (63%) buscaram o setor de
serviços (324.984), segmento que mais cresce nos últimos seis anos. O segundo
maior interesse é o setor do comércio, com a abertura de 146.830 empresas, mas
cuja participação recuou de 35% para 28,4% do total. Na área industrial, foram
abertas 43.163 empresas (8,4% do total), número que representa uma
estabilidade.
Ocorreram altas nas regiões Sudeste (6,8%) e Sul (4,4%), ao mesmo tempo
em que houve queda nas demais: Nordeste (- 3,9%); Centro Oeste (-3,5%) e no
Norte (-0,6%). Dos 27 estados brasileiros, 19 apresentaram avanços com destaque
para o Amapá, com alta de 38,6% (1.239 novas empresas).
Em seguida, está o Rio de Janeiro, com elevação de 18,8% ((54.641 novas
empresas). Em terceiro, Santa Catarina, com alta de 14,6% (22.072 novas
empresas). MARLI
MOREIRA/AGÊNCIA BRASIL