O desemprego no Brasil chegou a 11,2% no trimestre encerrado em abril,
segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Mensal
divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. Em igual período do ano passado, a taxa
de desemprego no país ficou em 8%. Já no período entre novembro e janeiro — que
é considerado o trimestre imediatamente anterior —, a taxa de desocupação foi
de 9,5%.
A previsão do mercado, segundo analistas consultados pela agência Bloomberg,
era que a taxa de desemprego ficasse em 11,1%. As estimativas variavam entre
10,9% e 11,3%.
No primeiro trimestre de 2016, o
desemprego ficou em 10,9% no primeiro trimestre, atingindo 11,1 milhões de
pessoas. No resultado de março, a taxa acelerou com força, crescendo 3 pontos
percentuais em um ano e 1,9 ponto em relação ao trimestre anterior.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, o mercado formal de trabalho
registrou, em abril, a perda de 62.844 mil postos com carteira assinada. Foi o
13º mês consecutivo de queda no nível do emprego. No mesmo período do ano
passado, foram fechadas 97.828 vagas. Nos doze meses encerrados em abril, os
desligamentos somam 1,825 milhão.
No ano de 2015, a Pnad contínua mostrou um salto de
quase dois milhões de desempregados. O número de pessoas fora do mercado de
trabalho era de 6,7 milhões no fim de 2014 e passou a 8,6 milhões no fim de
2015. A taxa média de desemprego ficou em 8,5% no ano passado e foi a maior da
série histórica do estudo.
Agência O Globo